
Aliados aprovam candidatura de Eduardo Campos para 2018; tucanos elogiam o governador pernambucano
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deve encontrar dificuldades para obter apoio na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País, caso oficialize a candidatura à Presidência da República em 2014. O apoio incontestável do governador Jaques Wagner (PT) à reeleição de Dilma Rousseff pode atrapalhar as relações do socialista até com os correligionários baianos.
O cenário está bastante truncado e um dos entraves está ligado a indefinição do candidato da base governo para a disputa do pleito estadual. Alguns nomes já começaram a ser especulados, como o do atual secretário de Planejamento do governo e ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli (PT), e o da senadora e ex-prefeita de Salvador, Lídice da Mata (PSB).
Mas, após a derrota de Nelson Pelegrino (PT) para ACM Neto (DEM) nas eleições municipais de 2012, o PT da Bahia está mais cauteloso e deve fazer de tudo para evitar um novo fracasso. Tamanha precaução é para impedir que qualquer deslize possa, não só comprometer a continuidade da gestão Wagner, como também respingar no certame nacional.
"A eleição na Bahia não tem autonomia em relação à [eleição] nacional, ou seja, é o cachorro que balança o rabo e não o rabo que balança o cachorro", disparou o presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, assegurando que o processo eleitoral no estado está "a serviço e umbilicalmente vinculado à reeleição de Dilma".
O petista defende um único um caminho para acertar essa escolha, cuja ordem seguirá de cima para baixo. "O palanque da sucessão do Wagner é o palanque da reeleição da Dilma", enfatizou repetidamente Paulo, destacando que o partido encara a disputa como sendo nacional, onde a Bahia, com mais de 10 milhões de eleitores, será o centro estratégico para a campanha da presidente.

Da esquerda para a direita: Jonas Paulo (PT), Lídice da Mata (PSB) e Antônio Imbassahy (PSDB)
Jonas Paulo também criticou os movimentos articulados pelo aliado. "O governador de Pernambuco está fazendo operações, inclusive, extremamente complicadas, operando os segmentos fora da nossa base política e da nossa base social", recriminou o petista, explicando que as mobilizações permitem "o isolamento do processo de construção da sucessão".
O posicionamento dele inviabiliza o lançamento da candidatura de Lídice da Mata (PSB), que mantém boas relações com Jaques Wagner e é apontada como forte concorrente ao governo baiano. A senadora, por sua vez, já colocou o nome à disposição, no entanto, só vai definir se entrará na disputa após o Carnaval do ano que vem.
"É evidente que se Eduardo Campos for candidato à presidência a candidatura ao governo é mais factível porque ele precisará de um palanque", antecipa a senadora, acrescentando que não fará oposição ao governador baiano. A socialista cogita o lançamento de mais de uma candidatura da base aliada como uma alternativa que agregaria outros partidos que apoiam Wagner, mas que no primeiro turno não queiram ficar com o candidato lançado pelo PT.
"Em política tudo é muito dinâmico, não dá para fazer precisões", pondera Lídice, argumentando que 'só o tempo dirá' qual será o destino político dela. Contudo, a socialista sinaliza para um outro cenário que pode facilitar a própriacarreira política estadual, onde o companheiro de partido seria o presidenciável do pleito seguinte. "Se ele [Campos] não for candidato também pode ter interesse em apoiar candidatos ao governo, para ampliar o número de governadores do PSB (atualmente são seis) como forma de se fortalecer para as eleições de 2018", avalia.
Essa proposta também foi apresentada pelo governador Jaques Wagner, que 'jogou' a candidatura do socialista para 2018 na entrevista concedida à revista Veja, na edição do dia 11 de maio. "Defendi com muita franqueza, durante seis horas de conversa com Eduardo, a ideia de que melhor que ele espere 2018. Que o caminho natural dele é ser o candidato do nosso grupo em 2018. Defendo isso publicamente dentro do partido", afirmou o petista.

Jaques Wagner quer que o PT abra espaço para Eduardo Campos disputar a presidência em 2018 (Foto: Agecom Bahia)
Entretanto, essas projeções também são divergentes do posicionamento do presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia. "O PT não está fazendo nenhum aposta futura até porque eu acho que em 2018 haverá uma candidatura e é a do governador Wagner", adianta. O petista baiano considera a postura de Campos inadequada e espera um realinhamento do governador. "Eu acredito que ele irá rever suas posições e voltará a construir o palanque desse projeto", acredita.
COINCIDÊNCIA - Ainda está sem definida a entrega do título de cidadão baiano ao governador Eduardo Campos. De autoria do deputado Cacá leão (PP), a proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia no ano passado. A homenagem que estava marcada para o dia 18 de abril foi cancelada sem justificativa. Por coincidência, neste hiato o socialista tem aumentado as andanças para trabalhar a imagem no País afora, além de ter questionado ferrenhamente a MP dos Portos proposta pela base do governo.
ALTERNATIVA TUCANA - Apesar de terem acabado de participar de uma convenção nacional do partido, realizada no último dia 18, na qual o senador mineiro Aécio Neves foi eleito o presidente nacional do PSDB, os tucanos da Bahia continuam a tecer elogios ao governador pernambucano.
"Não há dúvidas que Eduardo Campos se destaca como um dos maiores líderes do País da nova geração. Nós do Nordeste nos orgulhamos muito disso", considerou o deputado federal e ex-prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy.

Tucanos devem lançar Aécio Neves presidente, mas não descartam alianças com PSB (Foto: divulgação)
O presidente do PSDB na Bahia, Sérgio Passos, afirmou que o encontro recente dos correligionários foi o primeiro grande passo para a campanha de Aécio para presidente, com o apoio consolidado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex e o atual governador de São Paulo, José Serra e Geraldo Alckmin, respectivamente. Porém, não descartou a possibilidade de alianças com o PSB.
"É um governo com excelentes resultados administrativos", ressaltou Passos, que não vê dificuldades em conversar com Campos, já que há muitos membros no partido que mantém relações pessoais com o socialista.
O cenário está bastante truncado e um dos entraves está ligado a indefinição do candidato da base governo para a disputa do pleito estadual. Alguns nomes já começaram a ser especulados, como o do atual secretário de Planejamento do governo e ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli (PT), e o da senadora e ex-prefeita de Salvador, Lídice da Mata (PSB).
Mas, após a derrota de Nelson Pelegrino (PT) para ACM Neto (DEM) nas eleições municipais de 2012, o PT da Bahia está mais cauteloso e deve fazer de tudo para evitar um novo fracasso. Tamanha precaução é para impedir que qualquer deslize possa, não só comprometer a continuidade da gestão Wagner, como também respingar no certame nacional.
"A eleição na Bahia não tem autonomia em relação à [eleição] nacional, ou seja, é o cachorro que balança o rabo e não o rabo que balança o cachorro", disparou o presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, assegurando que o processo eleitoral no estado está "a serviço e umbilicalmente vinculado à reeleição de Dilma".
O petista defende um único um caminho para acertar essa escolha, cuja ordem seguirá de cima para baixo. "O palanque da sucessão do Wagner é o palanque da reeleição da Dilma", enfatizou repetidamente Paulo, destacando que o partido encara a disputa como sendo nacional, onde a Bahia, com mais de 10 milhões de eleitores, será o centro estratégico para a campanha da presidente.

Da esquerda para a direita: Jonas Paulo (PT), Lídice da Mata (PSB) e Antônio Imbassahy (PSDB)
Jonas Paulo também criticou os movimentos articulados pelo aliado. "O governador de Pernambuco está fazendo operações, inclusive, extremamente complicadas, operando os segmentos fora da nossa base política e da nossa base social", recriminou o petista, explicando que as mobilizações permitem "o isolamento do processo de construção da sucessão".
O posicionamento dele inviabiliza o lançamento da candidatura de Lídice da Mata (PSB), que mantém boas relações com Jaques Wagner e é apontada como forte concorrente ao governo baiano. A senadora, por sua vez, já colocou o nome à disposição, no entanto, só vai definir se entrará na disputa após o Carnaval do ano que vem.
"É evidente que se Eduardo Campos for candidato à presidência a candidatura ao governo é mais factível porque ele precisará de um palanque", antecipa a senadora, acrescentando que não fará oposição ao governador baiano. A socialista cogita o lançamento de mais de uma candidatura da base aliada como uma alternativa que agregaria outros partidos que apoiam Wagner, mas que no primeiro turno não queiram ficar com o candidato lançado pelo PT.
"Em política tudo é muito dinâmico, não dá para fazer precisões", pondera Lídice, argumentando que 'só o tempo dirá' qual será o destino político dela. Contudo, a socialista sinaliza para um outro cenário que pode facilitar a própriacarreira política estadual, onde o companheiro de partido seria o presidenciável do pleito seguinte. "Se ele [Campos] não for candidato também pode ter interesse em apoiar candidatos ao governo, para ampliar o número de governadores do PSB (atualmente são seis) como forma de se fortalecer para as eleições de 2018", avalia.
Essa proposta também foi apresentada pelo governador Jaques Wagner, que 'jogou' a candidatura do socialista para 2018 na entrevista concedida à revista Veja, na edição do dia 11 de maio. "Defendi com muita franqueza, durante seis horas de conversa com Eduardo, a ideia de que melhor que ele espere 2018. Que o caminho natural dele é ser o candidato do nosso grupo em 2018. Defendo isso publicamente dentro do partido", afirmou o petista.

Jaques Wagner quer que o PT abra espaço para Eduardo Campos disputar a presidência em 2018 (Foto: Agecom Bahia)
Entretanto, essas projeções também são divergentes do posicionamento do presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia. "O PT não está fazendo nenhum aposta futura até porque eu acho que em 2018 haverá uma candidatura e é a do governador Wagner", adianta. O petista baiano considera a postura de Campos inadequada e espera um realinhamento do governador. "Eu acredito que ele irá rever suas posições e voltará a construir o palanque desse projeto", acredita.
COINCIDÊNCIA - Ainda está sem definida a entrega do título de cidadão baiano ao governador Eduardo Campos. De autoria do deputado Cacá leão (PP), a proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia no ano passado. A homenagem que estava marcada para o dia 18 de abril foi cancelada sem justificativa. Por coincidência, neste hiato o socialista tem aumentado as andanças para trabalhar a imagem no País afora, além de ter questionado ferrenhamente a MP dos Portos proposta pela base do governo.
ALTERNATIVA TUCANA - Apesar de terem acabado de participar de uma convenção nacional do partido, realizada no último dia 18, na qual o senador mineiro Aécio Neves foi eleito o presidente nacional do PSDB, os tucanos da Bahia continuam a tecer elogios ao governador pernambucano.
"Não há dúvidas que Eduardo Campos se destaca como um dos maiores líderes do País da nova geração. Nós do Nordeste nos orgulhamos muito disso", considerou o deputado federal e ex-prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy.

Tucanos devem lançar Aécio Neves presidente, mas não descartam alianças com PSB (Foto: divulgação)
O presidente do PSDB na Bahia, Sérgio Passos, afirmou que o encontro recente dos correligionários foi o primeiro grande passo para a campanha de Aécio para presidente, com o apoio consolidado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex e o atual governador de São Paulo, José Serra e Geraldo Alckmin, respectivamente. Porém, não descartou a possibilidade de alianças com o PSB.
"É um governo com excelentes resultados administrativos", ressaltou Passos, que não vê dificuldades em conversar com Campos, já que há muitos membros no partido que mantém relações pessoais com o socialista.
Do Pernambuco online: Fonte NE10
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